Sob o comando do competente delegado Dr. Antonio Machado de Azevedo (foto ao lado D), a Polícia Civil da pequena Aurilândia desbaratou um esquema que poderia lesar uma família em um valor aproximado de R$ 10 milhões de reais. O fato aconteceu nesta terça-feira, 29 de dezembro.
Naquele dia, Marco Aurélio Siqueira, acompanhado pelo advogado Vilmar Martins, que atua na cidade vizinha de Firminópolis, esteve cartório, tabelionato de notas e protestos, com a intenção de escriturar duas propriedades rurais, localizadas no município de São Miguel do Araguaia e avaliadas em cerca de R$ 10 milhões. Para tal feito, Marco Aurélio se apresentou como procurador dos donos dos imóveis, sua filha, seu genro e sua ex-esposa.
Questionado pela escrevente do cartório sobre outros documentos necessários à lavratura da escritura, como certidões, ITR, entre outros, Marco Aurélio teria apresentado argumentados não convincentes, despertando na escrevente suspeitas de que algo não estava correto.
Em contato com a escrevente, o advogado Dr. Vilmar Martins teria demonstrado que o cliente queria pressa na transação do documento, que ele pretendia passar a escritura até o fim do mês de dezembro. Quando a escrevente o questionou se os reais proprietários iriam participar pessoalmente do ato, ele teria respondido que não, tudo seria feito através das procurações.
Dias antes ao fato, Marco Aurélio compareceu ao cartório na companhia do comprador do imóvel, identificado por Iron, e apresentou à escrevente as referidas procurações. Em seguida ligou no cartório de Tupaciguara-MG, onde os supostos vendedores teriam assinado o documento de venda. Foi nesse momento em que a casa começou a cair.
Ao constatar possíveis indícios de falsificação nas procurações, a escrevente resolveu entrar em contato com a filha de Marco Aurélio, umas das donas dos imóveis. Ela foi enfática em afirmar que nem ela, nem a mãe e o marido autorizaram a venda dos imóveis e que sequer conhecem Tupaciguara, onde eles supostamente teriam assinado os documentos.
Ao verem cópias das procurações, mãe, filha e genro afirmaram que as mesmas foram falsificadas e de forma grosseiras. Diante da situação a Polícia Civil de Aurilândia foi acionada, que por sua vez repassou o caso para o delegado de Firminópolis Dr. Tiago Junqueira, que de imediato providenciou a prisão de Marco Aurélio e do advogado Vilmar Martins, ambos estavam em Firminópolis.
Com o apoio da Polícia Militar (GPT), a dupla foi encaminhada para a delegacia de Aurilândia, onde foi efetuado o flagrante. Ao delegado Antonio Machado, o advogado declarou que estava apenas prestando serviço de assessoria a Marco Aurélio. Ele esteve acompanhado do presidente da SubSeção da OAB de Firminópolis, Dr. Henrique Brito.
Até o momento, Marco Aurélio foi autuado em flagrante por falsificação de documentos. Ele ficou preso à disposição do Poder Judiciário. O advogado foi liberado, mas a sua participação dele e outras pessoas no crime não está descartada. No decorrer do inquérito será esclarecido.
Iron, o suposto comprador dos imóveis, de acordo com Antonio Machado até o momento figura também apenas como vítima de um possível estelionato.
Por: Edivaldo do Jornal