Acusados de decapitar homem e deixar cabeça em frente a shopping são julgados em Goiânia

[post-views]

Segundo denúncia, alvo era irmão da vítima, envolvido com facção rival da qual pertenciam os réus. A motivação do crime, de acordo com os autos, foi a disputa pelo tráfico de drogas na região.

Os cinco acusados de matar um homem a tiros e depois decapitá-lo com um serrote estão sendo julgados nesta quinta-feira (29), em Goiânia. A cabeça de Erivaldo Ferreira da Rocha, 32, foi encontrada na calçada de um shopping. Segundo a denúncia, o crime foi uma forma de atingir o irmão da vítima, que teria envolvimento com uma facção criminosa rival a qual pertencia os réus.

Estão sendo julgados pelo crime: Denis Petterson Menezes, Edson Dener Menezes de Sousa, Luciano Martins Fonseca, Matheus Máximo de Souza e Maurício Máximo de Souza Filho. Todos estão presos.

O júri é presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Em audiências realizadas ao longo do processo, todos eles negaram participação no crime. O G1 não conseguiu localizar o advogados deles até a publicação desta reportagem.

A cabeça de Erivaldo foi encontrada no dia 13 de janeiro do ano passado, em frente a um shopping na Avenida Perimetral Norte. Nela, estava escrito “TD2”, que faz alusão à gíria “tudo dois”, que significa “tudo em paz”. A sigla tem elo com briga entre facções.

Já o corpo dele foi achado quatro dias depois, boiando no Rio Meia Ponte, também na capital.

Os réus respondem estão sendo julgados por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Emboscada

Consta no processo que Denis, na época já preso, foi o mandante do crime. Ele tinha uma rixa com Erli Ferreira da Rocha, membro de uma facção rival, mas como não o encontrou, resolveu matar Erivaldo, seu irmão.

Erli foi vítima de um atentado 20 dias antes, sendo alvo de vários tiros. Mas conseguiu escapar e fugiu para um local desconhecido.

Denis, então, narra a denúncia, passou a arquitetar a morte de Erivaldo e armou uma emboscada. Luciano simulou uma falsa oferta de emprego para ele, que capinava lotes. Ele foi o responsável por levá-lo ao local onde trabalharia.

Porém, no terreno, se encontrou com os outros três réus. Edson foi o responsável pelos disparos. Em seguida, Luciano degolou a vítima e escreveu a sigla em sua testa, jogou seu cadáver no rio e a cabeça na calçada do shopping.

Já Matheus e Maurício estavam presentes no local e incentivaram as agressões. Consta no processo, inclusive, que Matheus tentou matá-lo antes, mas sua arma falhou.

O juiz ressaltou que Erivaldo não tinha qualquer relação com as facções criminosas, sendo somente usuário de drogas.

A família da vítima disse na época do crime que identificou a cabeça como sendo de Erivaldo ao ver a imagem dela em um aplicativo de mensagens. Em seguida, foi até o Instituto Médico Legal (IML) e constatou ser ele.

Fonte: G1/Goiás.

PROPAGANDA
[xyz-ips snippet="galeria"]

Compartilhar