Artistas criticaram a secretária especial da Cultura, que menosprezou mortes na ditadura e relativizou o impacto do coronavírus
Artistas reagiram com indignação à entrevista da secretária especial a Cultura, Regina Duarte, à Rede CNN na tarde de ontem (quinta-feira, 7). Na conversa, Regina deu declarações em que menosprezou a censura e a tortura durante a ditadura, relativizou o impacto do coronavírus e minimizou seu papel ao mencionar mortes de artistas durante a pandemia.
Ela também cantarolou “Pra frente Brasil”, o jingle da seleção na Copa de 1970, e citou Hitler e Stálin. Na gravação, Regina também se negou a comentar o pedido de Maitê Proença que, em vídeo enviado à emissora, pediu medidas de socorro aos artistas diante da crise gerada pela pandemia e sugeriu que Regina converse com a classe artística.
Debora Bloch fez um post no Instagram em que diz: “Você não tem humanidade Regina Duarte?Que vergonha!!! Que horror!!! Que triste…”
Nora do escritor Rubem Fonseca, que morreu nno último dia 15 de abril, Claudia Abreu também fez um post no Instagram criticando o silêncio de Regina diante das recentes perdas de personalidades da cultura brasileira.
“Fora Regina Duarte, você não nos merece”, escreveu Camila Amado, num trecho de uma longa carta que postou no Facebook, endereçada à atual secretária especial da Cultura. A atriz conta que havia pensado em procurar a colega de profissão na manhã de ontem, acreditando que ela precisava de apoio. No entanto, após assistir à entrevista, Camila postou duras críticas à postura da secretária.
“Não posso acreditar na entrevista que vi da Regina Duarte que tentei defender hoje de manhã. Acabou-se a imagem da ingênua usada, e sem noção. Vi a pessoa mais feia e de uma loucura tão assustadora, exposta sem controle, sem imagem, agora, sim, revelada pela televisão, ela, a Regina Duarte”, disse ela, na carta.
Bruno Gagliasso chamou de “deboche” as palavras de Regina sobre a ditatura militar. “Não dá para desculpar, não, Regina”, escreveu ele.
Mariana Lima pediu respeito a Regina. “Eu não sou da sua classe, do seu gênero, do seu tipo, você representa a ignorância, o autoritarismo, a falta de empatia com a existência, com a vida e com a morte”.
Humberto Carrão resumiu assim o que assistiu pela TV: “Regina não é doida, é má”
Fonte: Mais Goiás