Final do Maui Pro, primeiro evento da temporada 2021 da liga, estava prevista para esta terça-feira. Segundo noticiário da ilha, vítima do sexo masculino foi levada com vida ao hospital
Prevista para esta terça-feira, a final do Maui Pro precisou ser adiada após registro de um ataque de tubarão em Honolua Bay, “pico” onde acontece justamente a competição feminina. Erik Logan, CEO da Liga Mundial de Surfe, foi quem fez o anúncio durante a transmissão das triagens da competição masculina, que acontece em outra ilha, Oahu. Com isso, a competição está indefinidamente em espera e há possibilidade de cancelamento.
Segundo informou o jornalista Wendy Osher, do noticiário “Maui Now”, o ataque aconteceu por volta das 7h45min (14h45min, horário de Brasília), quase duas horas antes do início das finais femininas. Ainda conforme Wendy Osher, a vítima foi um surfista do sexo masculino, que, portanto, não fazia parte do evento oficial e foi rapidamente socorrido com vida e encaminhado a um hospital próximo pelas equipes contratadas pela WSL para fazer a segurança da competição.
Informações preliminares de outro site de notícias americano, “Hawaii New Nows”, apontam ainda que o surfista tinha entre 50 e 60 anos, sofreu ferimentos do lado esquerdo, nas extremidades inferiores, e precisou passar por cirurgia. Segundo o portal, o Departamento de Terras e Recursos Naturais da região disse que sinais de alerta para tubarões foram colocados na baía de Honolua e permanecerão pelo menos até 12h (19h de Brasília) desta quarta-feira.
Fotos impressionantes da prancha do surfista atacado também estão circulando nesses portais e no perfil de redes sociais de jornalistas locais. Uma trena aponta que a mordida do tubarão na prancha teria alcançado quase 17 polegadas, mais de 40 centímetros.
Vale lembrar que a primeira etapa da temporada 2021, após cancelamento do tour 2020 por conta da pandemia do coronavírus, iniciou nesta segunda-feira e foi interrompida por conta da falta de luminosidade já na última bateria das quartas de final, justamente, quando Tati Weston-Webb cairia na água. Com isso, a previsão era retomar o evento com o confronto entre a brasileira e a americana Sage Erickson e, na sequência, terminar com as semifinais e a final.
– Fiquem orando – pediu Tati em sua conta do Instagram.
Sage Erickson também postou sobre o ataque:
– Corações apertados esta manhã, enquanto estávamos treinando esta manhã, um homem foi atacado por um tubarão. Traumatizante. Orações e paz – disse a americana.
Histórico
Se a WSL optar por cancelar a etapa, será a terceira vez que isso acontecerá em cinco anos. A primeira aconteceu em 2015, após o incidente envolvendo o australiano Mick Fanning na final da etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul. Já a segunda foi em Margaret River, no Oeste da Austrália, em 2018, quando dois surfistas foram atacados em praias próximas ao local do evento.
Ataques de tubarão no Havaí não são tão raros. O mais famoso deles aconteceu em 2003, quando a surfista Bethany Hamilton, então com 13 anos, foi atacada por um tubarão-tigre na ilha do Kauai. Mesmo perdendo o braço esquerdo, ela continuou a carreira como surfista profissional e virou uma grande história de superação.
Todos os ataques fatais dos últimos 20 anos em Maui (2004, 2013, 2015 e 2019) foram também da espécie tubarão-tigre. Vale ressaltar ainda que há dez dias do início do evento um outro incidente (não fatal) já tinha sido registrado no local, quando uma californiana foi atacada enquanto nadava.
Brasil no feminino
Que segunda-feira teve Tatiana Weston-Webb em Maui, no Havaí. Única brasileira na elite do surfe mundial, a gaúcha criada no arquipélago americano avançou às quartas de final com louvor, sendo protagonista da melhor onda das oitavas, consequentemente, com a maior nota: 9,27. Antes disso, Tati já tinha vencido a bateria de estreia da temporada 2021 da elite do surfe mundial com facilidade, avançando direto às oitavas.
Fonte:GE/Globo.