Fique por dentro de maneiras para identificar possíveis armadilhas, evitar golpes e dores de cabeça nas compras
A Black Friday 2020 ocorre na sexta-feira, dia 27, e promete movimentar o comércio eletrônico em todo o país, com descontos e promoções. No meio de tanta tentação, é importante ter bons hábitos, pesquisar bastante e manter a calma para fugir daquele super desconto que, na verdade, esconde uma promoção enganosa ou até mesmo golpes. A seguir, veja dez dicas importantes para você navegar pelas lojas e aproveitar as promoções da Black Friday 2020 com segurança, evitando cair nas armadilhas de criminosos, ou mesmo nas mãos de lojistas que não operam com profissionalismo.
1. Verificar se o site é confiável
Um cuidado muito importante é garantir que o site da loja que você está acessando é verdadeiro, e não uma cópia criada para roubar dados pessoais, bancários e dinheiro. Isso porque criminosos podem copiar a aparência de sites de lojas famosas e colocá-las no ar para tentar atrair usuários desatentos.
Apesar se serem idênticos aos sites originais, essas páginas falsas não podem reproduzir o mesmo endereço. Por isso, observe se o endereço do site está escrito corretamente, se não há letras faltando ou fora do lugar na URL, como em “submarno.com.br”, sem o “i”, ou “ameriicanas.com.br”, com um “i” a mais. Se você identificar algo assim, pode ter certeza de que se trata de um site falso criado por criminosos.
2. Pesquisar a reputação da loja
Sites como o Consumidor.gov.br e o Reclame Aqui são recursos importantes para investigar a reputação da loja, o nível de qualidade do serviço e também a postura da empresa ao se relacionar com clientes que, por ventura, tiveram algum problema.
Nos dois sites, você pode procurar o nome da loja, ler reclamações públicas e a réplica das marcas e comerciantes. Além disso, é possível analisar o histórico e nível de satisfação geral da comunidade em relação ao lojista. As ferramentas também permitem não só essa checagem em relação às lojas, mas também a respeito das marcas dos produtos que você pretende comprar.
Conhecer a reputação e postura do lojista permite que você saiba como será atendido em caso de problemas, e também possibilita reconhecer casos recorrentes na atuação da loja, como problemas com trocas, descontos ou na entrega que demora. Se uma situação específica se mostra muito frequente, talvez seja interessante evitar a loja.
3. Atenção com promoções via e-mail e redes sociais
Anteriormente, mencionamos o cuidado com sites falsos, que são colocados no ar copiando lojas de verdade como forma de enganar o consumidor desatento. Uma das maneiras pelas quais os criminosos conduzem usuários a essas páginas fakes são por ataques de phishing usando e-mails e redes sociais.
Nesses cenários, mensagens, posts e e-mails podem conter links para promoções que levam a esses sites falsos. A dica aqui é ser criterioso a respeito das promoções que você encontrar em redes sociais: confie apenas no perfil oficial da loja ou marca e sempre verifique com atenção se o site que está abrindo é verdadeiro.
4. Prefira pagar com cartão de crédito
Em geral, prefira usar cartão de crédito na hora de pagar suas despesas na Black Friday. Além da praticidade, o cartão é mais seguro: você tem meios de cancelar a despesa e pode recorrer à sua operadora para fugir de prejuízos se houver problemas com a loja ou se você for vítima de um golpe.
Pagamentos via boleto bancário, por outro lado, não são tão seguros, visto que um site falso pode gerar um boleto pagável. Nesse caso, você pode quitar a despesa pensando se tratar de uma compra verdadeira e o criminoso vai receber o dinheiro. A pior parte é que não há como identificá-lo para recuperar o prejuízo.
Outra forma de golpe seria um site inseguro de uma loja legítima sendo alvo da ação de invasores, que poderiam interceptar o seu boleto verdadeiro e trocá-lo por um falso. Esse boleto criado para que você dê dinheiro ao criminoso, em vez de pagar pela sua despesa real. Por conta da dificuldade em recuperar o prejuízo, na hipótese de um golpe, pagamentos por depósitos e transferências bancárias também são contraindicados.
5. Não use redes Wi-Fi públicas
Redes sem fio de conectividade gratuita, comuns em espaços públicos, são úteis para que você acesse a Internet em caso de necessidade para uso trivial. No entanto, elas devem ser evitadas a todo custo quando você está mexendo com dinheiro e seus dados pessoais, como é o caso do processo de login e pagamento de qualquer produto pela Internet.
Esse tipo de rede de Internet é como uma terra sem lei, onde criminosos podem ficar à espreita monitorando o tráfego de quem acessa a rede. Nesse processo, um hacker pode acabar interceptando sua conexão com a loja ou instituição financeira, para, assim, ter acesso a dados pessoais e bancários. Ao comprar na Black Friday, tenha o cuidado de usar sua rede doméstica, a conexão 4G do celular ou do local de trabalho.
6. Cuidado com promoções com preços muito baixos
Golpes com sites e promoções falsos, como os que discutimos anteriormente, só funcionam na medida em que são atraentes ao consumidor. Os preços precisam ser agressivos e abaixo da média a ponto de atiçar a tentação e fazer com que o usuário facilite e não preste atenção nos sinais de alerta. Para evitar essas situações, a dica é colocar os preços em perspectiva. Utilizando ferramentas de comparação de preços, como Compare TechTudo e Zoom, você pode aferir valores médios do produto que lhe interessa no mercado e julgar se a promoção suspeita condiz com a realidade.
7. Verifique as políticas de troca e cancelamento da loja
As lojas precisam ser claras a respeito de como procedem em situações em que o consumidor se arrepende e deseja trocar ou devolver um produto, obrigação que é determinada na Lei do E-Commerce (7.962/13). Além disso, é bom sempre lembrar que você tem o direito de devolver qualquer produto comprado pela Internet em até 7 dias corridos, contados a partir da entrega.
A maneira como cada site apresenta essas informações pode variar bastante, mas sua presença e acesso fácil são obrigatórios. Não confie em lojas cujo site não mostra essas informações, ou mesmo afirma que não realiza trocas e cancelamentos.
8. Aproveite recursos de segurança da operadora de cartão de crédito
Além de usar o cartão de crédito para fazer suas compras por conta da segurança inerente a essa modalidade de pagamento, você pode aproveitar alguns serviços complementares que as operadoras oferecem. Um deles é usar o cartão virtual temporário, que permite gerar um número de cartão de crédito aleatório, para ser usado uma vez. Assim que você paga a conta com esse cartão, ele deixa de funcionar. Isso significa que ele não pode ser usado novamente, mesmo que caia nas mãos de um golpista.
Outros serviços e recursos também são bastante úteis, como alertas e notificações em tempo real quando seu cartão é usado, ou quando determinada quantia do seu limite é atingida. Assim, você pode identificar atividades suspeitas imediatamente para tomar providências ágeis, além de ajudar na sua disciplina financeira.
9. Confira se a loja existe
Outra fonte de dor de cabeça são sites de lojas falsas, que não necessariamente imitam lojas verdadeiras. Nesses casos, os criminosos criam uma loja virtual com site, nome e logotipo próprios. Então, usando preços e promoções agressivas, eles buscam atrair usuários para interceptar dados pessoais, além de obter dinheiro com boletos e transferências bancárias.
Nem sempre é fácil identificar esses tipos de sites, mas há alguns indicadores: desconfie de páginas com design muito simples, antiquado e difícil de navegar. Observe também a presença de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa jurídica) na página e consulte o número no site da Receita Federal para descobrir se o registro condiz com a loja. O Procon mesmo lembra que, sem CNPJ, você não consegue ir em busca dos seus direitos.
Outra dica relacionada à identificação de lojas falsas é observar se o seu navegador o identifica o site como seguro. Verifique se o endereço vem acompanhado de “HTTPS” (e não simplesmente “HTTP”) e se, ao clicar no cadeado, o navegador atesta a segurança da página.
10. Documente a oferta e sua compra por meio de capturas de tela
Uma dica importante no processo de compra é lembrar de fazer capturas de tela durante todos os passos da sua interação com uma loja. Dessa forma, você pode documentar a página do produto – mostrando as informações que foram apresentadas a você – e usar as imagens como uma evidência, caso existam problemas.
O mesmo vale para material promocional que exibe uma oferta ou produto, assim como sua comunicação com serviços de atendimento das lojas. Essa documentação é fundamental se você precisar contestar uma cobrança indevida ou alguma irregularidade na forma como um site apresenta uma oferta com um valor, mas depois aplica outro preço mais alto na hora de pagar, por exemplo.
Fonte: TechTudo/Globo.