Cerimonialista deve ser indiciado por injúria após admitir ter gravado áudio com ofensas a diarista, em Anápolis

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À Polícia Civil, Valeriano Filho disse que se arrepende e pediu desculpas à vítima. Outras duas mulheres também denunciaram que foram agredidas verbalmente pelo homem.

O cerimonialista Valeriano Coelho Filho deve ser indiciado por injúria após admitir ter gravado áudio com ofensas à diarista Maria José Marques, após ela ter desmarcado uma faxina na casa dele, em Anápolis, a 55 km de Goiânia, . Segundo o delegado Carlos Antônio Silveira, responsável pelo caso, o ele se mostrou arrependido.

“Ele confirma que realmente enviou os áudios achincalhando e desonrando a Maria José. […] Indiscutivelmente ele vai responder pela conduta delituosa”, disse o delegado.

Após prestar depoimento à corporação, na tarde de quinta-feira (12), ele saiu da delegacia sem dar novas declarações à imprensa. Depois de a gravação ter sido divulgada, ele enviou um pedido de desculpas à vítima.

Em outra ocasião, o cerimonialista disse ao G1 que não prejudicou a imagem dela “perante a sociedade” e que o episódio trouxe um “desgaste muito grande”.

Outros casos

Após a repercussão da situação vivida por Maria José, outras duas mulheres também alegaram que foram vítimas de ofensas do cerimonialista. Uma colega de trabalho de Valeriano, que preferiu não ter a identidade divulgada, disse que decidiu denunciar o áudio que recebeu há cerca de cinco meses após ver o que a diarista passou. Na gravação enviada a ela, o cerimonialista diz:

“Não venha bater de frente comigo que eu passo por cima de você. Gorda, feia, mal-amada. É isso que você é, porque você deve ter vindo é do inferno, minha filha. Vai emagrecer, vai ser gente”.

Ela disse que se sentiu muito ofendida à época da discussão. “Você fica com vergonha, com medo de se olhar no espelho. Isso é muito triste. Você fica reduzido a nada. […] Quem fala, esquece, mas quem ouve não esquece jamais. Eu registrei um boletim de ocorrência devido à proporção que tudo tomou”, contou à TV Anhanguera.

A empresária Camila de Oliveira, que é dona de uma panificadora em Anápolis, disse que foi alvo de ofensas de Valeriano em 2019, pessoalmente, após instruí-lo a usar um pegador para selecionar os produtos que gostaria de levar do comércio.

“Ele jogou a sacolinha. Jogou todos os produtos no chão. Começou toda uma encenação, me xingando de nomes horrorosos, que inclusive usou para as outras meninas”, disse.

Ela também denunciou a situação à época e aguarda uma audiência na Justiça para ter o caso julgado.

Fonte:G1/Goiás.

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