Empresário que recebeu cartão com xingamento se revolta com indenização determinada pela Justiça, em Caçu

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Depois de cinco anos esperando, a sentença foi de R$ 3 mil de danos morais. Mãe e filho esperavam que fosse pago parte dos R$ 150 mil pedidos no processo.

Um morador de Caçu, no sudoeste do estado, recebeu um cartão de crédito há cinco anos. O problema é que, no lugar do sobrenome, estava escrito um xingamento que ofendeu não só o cliente, como a mãe dele também. Ele se espantou ao ver que a tarjeta estava em nome de “William Filho da Puta”. Os dois entraram na Justiça contra a operadora do cartão, e não ficaram satisfeitos com as sentenças proferidas.

Em dois processos separados movidos pela mãe e pelo filho, uma decisão saiu na terça-feira (10) e a outra na tarde desta quarta-feira (11), com valores de R$ 3 mil para as indenizações. O empresário disse que vai recorrer.

O Tribunal de Justiça de Goiás disse que não comenta decisão de magistrados e que eles têm autonomia para decidir de acordo com sua convicção. A reportagem pediu posicionamento para a operadora do cartão e aguarda retorno.

Depois de tanto tempo esperando, a aposentada Jerônima Severino Vieira, de 77 anos, e o empresário William Antunes Severino, filho dela e dono do cartão, queriam que fosse pago pelo menos parte dos R$ 150 mil que pediram em indenização por danos morais. Mas, para a surpresa deles, o valor determinado pela justiça foi de R$ 3 mil.

“Estou muito contrariada, muito abatida com o que está acontecendo. Não tem lógica uma coisa dessa, eu não mereço isso não. Eu sou casada há 52 anos”, desabafou a aposentada.

O filho da aposentada relata que se sentiu humilhado pelo banco e pela Justiça e que esperava uma punição exemplar.

“Isso para mim foi mais um tapa na cara. Me senti humilhado pelo banco e pela justiça. O meu processo está aguardando, provavelmente vou receber o mesmo valor. Isso não é punição”, lamentou o empresário.

William Antunes alegou que a intenção não é ficar rico com o processo. “Por mim, o dinheiro pode ser doado, mas queria uma punição exemplar, e que o banco fizesse retratação pública pela ofensa”, estimou.

Fonte:G1/Goiás.

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