Firminópolis: Juiz Eleitoral suspende divulgação de pesquisa encomendada por filho do prefeito

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O juiz eleitoral da Comarca de Firminópolis, Dr. Eduardo Cardoso Gerhardt, concedeu nesta quinta-feira, 1º, liminar determinando a suspensão da divulgação de pesquisa eleitoral encomendada por Lúcio Jorge de Souza Melo, filho do prefeito Jorge do Escritório (PP). De acordo a decisão, várias falhas foram constatadas na realização e registro da pesquisa eleitoral.

Segundo narra o processo, apurou que ao contrário do divulgado, a pesquisa foi realizada nos dias 22 e 23 setembro e não no dia 24 de setembro, conforme a divulgação.  De acordo com o documento, na divulgação da pesquisa estimulada, constata-se que a soma dos percentuais divulgados não alcança 100% dos eleitores entrevistados.

Foi constatado que os dados divulgados pela primeira pesquisa dão conta de que teriam sido entrevistados 360 pessoas no dia 24 de setembro de 2020. Ocorre que no sistema PesqEle consta o registro de 366 entrevistados entre os dias 22 e 23 de setembro.

Ainda de acordo com o documento, nas informações registradas junto ao sistema PesqEle, no campo Metodologia de Pesquisa, consta a informação de município diverso da realização do pleito.

O magistrado narra também que as informações constantes do registro da pesquisa no campo relacionado ao plano amostral há ausência de informações quanto ao grau de instrução e nível econômico dos entrevistados.

O juiz frisa que as pesquisas devem refletir os índices de intenção de voto, razão pela qual deve ser analisado se as supostas falhas apontadas teriam, isoladamente, capacidade de induzir o eleitor a erro quanto ao seu resultado.

“Neste momento de análise não exauriente, a resposta pode ser positiva, e, por conseguinte, a tutela deve ser deferida para que se suspenda a divulgação do resultado da pesquisa, ou a continuidade desta divulgação, ante a presença da fumaça de bom direito e do perigo na demora”, diz o documento.

A reportagem entrou em contato com o prefeito Jorge do Escritório (PP), por meio de mensagens de WhatsApp, para comentar sobre o caso, mas até o fechamento desta não obteve retorno. O espaço continua aberto para manifestações, caso haja interesse.

Por: Eduardo Marques

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