Segundo a polícia, correntista aceitou participar de farsa e cedeu cartão e dados. Crédito, que até então era de R$ 1,7 mil, foi aumentado para mais de R$ 1 milhão. Suspeitos adquiriram carros e eletrônicos.
Cinco homens foram presos em Goiânia suspeitos de causar um prejuízo estimado de mais de R$ 1 milhão a um banco ao burlar o sistema da instituição. Segundo a Polícia Civil, um correntista – que integrava o grupo e participava do golpe – repassou seus dados e um cartão de crédito aos comparsas, que alteraram o limite de crédito e conseguiam fazer compras com os valores obtidos irregularmente.
O grupo foi preso na última segunda-feira (3), no momento em que tentavam adquirir um carro zero quilômetro avaliado em mais de R$ 100 mil. O responsável por alterar os dados no sistema, provavelmente um hacker, segundo a polícia, segue foragido. O G1 não conseguiu localizar a defesa deles até a publicação desta reportagem.
Antes da prisão, o grupo já havia conseguiu, por meio da fraude, comprar outros sete carros, além de equipamentos eletrônicos e até cargas fechadas de bebidas e gêneros alimentícios.
O delegado Cássio Arantes do Nascimento, responsável pelo caso, disse que o correntista tinha, inicialmente, um limite no cartão de apenas R$ 1,7 mil. Com as manobras, o valor subiu de forma vultuosa.
“Esse limite superou o montante de R$ 1 milhão. Isso foi realizado paulatinamente, em várias transações sequenciais para tentar disfarçar. Acreditamos – ainda não foi finalizado esse ponto da investigação – que o sistema não autorizasse esse aumento imediato e instantâneo”, explica.
Com o grupo, a polícia conseguiu recupera cinco carros, aparelhos eletrônicos e quase R$ 111 mil em espécie.
O homem que teria realizado as mudanças cadastrais do correntista é procurado pela polícia. A princípio, conforme informações do delegado, ele estaria em São Paulo e teria conhecimento técnico para conseguir invadir o sistema. A apuração do caso prossegue com o intuito de descobrir outros possíveis integrantes do esquema.
O grupo vai responder por estelionato e associação criminosa.
Fonte: G1/Goiás