Homem considerado o maior estuprador em série de Goiás passa por audiência na Justiça e pode pegar até 600 anos de prisão

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Polícia Civil disse que estupros contra 33 mulheres foram confirmados por meio de exames de DNA. Resultado da sessão não pode ser divulgado porque caso está em segredo de Justiça.

Considerado pela polícia o maior estuprador em série de Goiás, Wellington Ribeiro da Silva passou por audiências de instrução e julgamento nesta terça-feira (22), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. De acordo com a Polícia Civil, estupros contra 33 mulheres foram confirmados por meio de exames de DNA e ele pode pegar até 600 anos de prisão.

O Tribunal de Justiça de Goiás informou, na tarde desta terça-feira, que o caso segue em segredo de Justiça, por isso, não é possível divulgar detalhes sobre o processo.

Também por esse motivo, o G1 não conseguiu localizar a defesa do réu. Na época da prisão, em setembro de 2019, Wellington disse à polícia que ele sempre praticava o crime sem tirar o capacete e escolhia locais com pouca iluminação para atacar as vítimas.

Os inquéritos policiais sobre os estupros foram concluídos em outubro do ano passado e, agora, a Justiça analisa as denúncias oferecidas pelo Ministério Público.

A maior parte dos processos tramita na 3ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia. De acordo com informações da Polícia Civil, a primeira audiência do caso aconteceu na última quinta-feira (17) e, para esta terça-feira, estavam previstas mais duas sessões.

Histórico dos Crimes

Os primeiros estupros foram registrados em 2008. Segundo a polícia, em 2011, Wellington chegou a ser preso depois de violentar uma mulher e a filha dela, recém-nascida, que tinha apenas cinco meses de vida.

Na época, ele foi levado para o Mato Grosso porque lá respondia por outros crimes como assaltos e assassinatos. Havia uma condenação a 57 anos de prisão pela morte de uma mulher e os dois filhos. Mas em 2013, ele conseguiu fugir da prisão e voltou pra Goiás.

Para não ser pego novamente, o estuprador, segundo a polícia, estrategicamente não tinha conta em banco, não usava redes sociais nem smartphones e ainda roubava identidades de pessoas que se pareciam com ele para usar os documentos e despistar a polícia.

Para os investigadores, ele se trata de um dos maiores maníacos do estado e sabia o que estava fazendo. “É um homem de altíssima periculosidade, de uma frieza que nos chama muito a atenção. Um cara perverso, que tenta se passar por alguém que tem problemas psiquiátricos. Nós requisitamos o laudo psicológico, e a Polícia Civil pode afirmar, por meio deste exame, que ele tem plena capacidade de responder por seus atos”, afirmou a delegada Ana Paula.

Operação Impius

A força-tarefa que resultou na prisão de Wellington, batizada de Impius, durou 45 dias e envolveu mais de 40 pessoas. Ela teve início após a Polícia Técnico-Científica encontrar o perfil genético dele em várias vítimas de estupros.

Seguindo a polícia, em 2015, foram coletados vestígios do criminoso em uma vítima e inseridos no banco genético. Em 2017, foi coletado novo vestígio de outra vítima e coincidiu com a amostra anterior.

No mesmo ano, de acordo com as investigações, apareceram outras quatro vítimas compatíveis ao material genético do suspeito. No final de 2018 já somavam nove mulheres, e isso chamou a atenção da Polícia Técnico-Científica, que avisou à Polícia Civil.

A identificação do maior estuprador em série de Goiás está entre as 17 investigações criminais mais importantes do mundo. O concurso “DNA Hit of the Year” avalia investigações criminais em que a análise do DNA foi essencial para esclarecer casos

Fonte: G1/Goiás.

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