Homem denuncia que criminosos oferecem dinheiro, CNHs e diplomas falsos por aplicativo de mensagens, em Goiânia

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Golpista cobra R$ 1,5 mil para fornecer cartão com R$ 10 mil de limite. Segundo delegado, pessoas caem no golpe ao pagar pelos itens, que não existem.

Um homem, que não quis ser identificado, denuncia que golpistas estão oferecendo dinheiro, cartões e documentos falsos por meio de aplicativos de mensagens, em Goiânia. A Polícia Civil investiga o caso.

“Eu fiquei espantado com a ousadia deles. Divulgam com muita naturalidade”, afirma o homem.

Nas mensagens, os suspeitos oferecem diplomas e certificados com histórico escolar reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), documentos como RG e CPF, cartões físicos, todas as categorias da carteira nacional de habilitação (CNH) aprovadas pelo Detran, além de exames e prontuários, pagamentos de boletos e cartões de créditos e dinheiro falsos.

Por nota, o Detran “alerta que o uso de documento falso é crime. Essas habilitações supostamente comercializadas não têm validade e nenhum registro no banco de dados dos órgãos de trânsito. O condutor flagrado com documento falso é preso e documento apreendido. Ao se deparar com tal situação, o cidadão pode e deve oferecer denúncia junto às autoridades policiais”.

Por telefone, o MEC informou que o fato “é de competência da polícia”.

Investigação

A equipe da TV Anhanguera se passou por cliente para entender como funciona a compra dos cartões falsos oferecidos pelos golpistas. Um deles explica, por mensagem, que, para receber um cartão com R$ 10 mil de limite, seria preciso depositar primeiramente R$ 1,5 mil. Porém, a metade do valor, R$ 750, teria que ser depositada de imediato.

“Você paga metade do valor agora e a outra metade daqui a dez dias, daqui quinze dias. Mas o cartão você só paga uma vez. Não gera boleto nem fatura a você. [O cartão] vai com a senha de números e letras e CPF do titular. Você pode sacar, você pode usar o saldo do cartão, fazer o que quiser, até o limite”, explica o golpista.

Segundo o delegado Cássio Arantes do Nascimento, o que acontece é que, como as promessas são atraentes, muitas pessoas caem no golpe e depositam o dinheiro. Porém, não recebem as ofertas. Nesse momento, elas se tornam vítima de estelionato e, por vergonha, não fazem a denúncia, dificultando as investigações.

O delegado pede ainda que, caso alguém se depare com esse tipo de situação, denuncie.

“Esses objetos não existem, essas notas não existem. Eles induzem a pessoa a efetuar um depósito que seria 50% do valor que ele está cobrando para entregar esses objetos e, uma vez depositado, isso não é recebido, ou seja, você não recebe as notas”, afirma o delegado.

Ainda de acordo com Nascimento, no caso de compra e venda do dinheiro falso, se configura como “crime de moeda falsa, que é de atribuição da Polícia Federal por ser um processo de competência da União”.

Fonte G1 Goiás.

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