Iporá: Acusado de matar esposa grávida na frente de filho vai a júri popular

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Segundo a denúncia, Horácio Rozendo de Araújo Neto, de 37 anos, cometeu o crime porque a mulher queria se separar dele. Vanessa Camargo foi morta com um tiro na cabeça, dentro do carro da família, em Ivolândia.

O empresário acusado de matar a esposa grávida com um tiro dentro de um carro é julgado nesta sexta-feira (6), em Iporá, na região central de Goiás. Segundo a denúncia, Horácio Rozendo de Araújo Neto, de 37 anos, atirou em Vanessa Camargo, de 28, porque ela queria se separar. O crime aconteceu há três anos, na frente do filho do casal, que, à época, tinha dois anos de idade, em uma estrada de Ivolândia, a 80 km de distância de Iporá,

O G1 tenta contato com a defesa do réu na manhã desta sexta-feira. À época do crime, Horácio negou as acusações e alegou que a mulher foi morta durante um assalto, o que foi descartado durante a investigação.

O júri popular teve início às 8h30, no Fórum de Iporá, e é presidido pelo juiz Wander Soares Fonseca. Por causa da pandemia do coronavírus, o magistrado proibiu que a sessão fosse acompanhada pelo público.

Sem poder entrar na sala do júri, cerca de 70 pessoas, entre amigos e familiares, fizeram uma manifestação em frente ao prédio para pedir a condenação do réu.

“A gente está confiante de que a justiça vai ser feita, com fé em Deus ele vai ser condenado e a justiça feita”, disse a mãe da vítima, Nilva Camargo Soares.

Crime

Vanessa foi morta no dia 31 de julho de 2017, em uma estrada vicinal da cidade de Ivolândia, também na região central do estado. Na ocasião, o empresário disse que viajava de carro com a mulher e o filho do casal, de 2 anos, quando foram abordados por dois homens em uma moto. O esposo, que dirigia o veículo, parou e um dos suspeitos assumiu a direção.

Horácio disse em depoimento que a vítima discutiu com o assaltante e levou um tiro na cabeça. Ele confirmou houve o roubo durante a reconstituição do crime.

Investigação

O delegado Ramon Queiroz, responsável pelo caso e que indiciou o empresário, disse que, apesar da negativa de Horácio, várias provas apontam que o empresário, de fato, cometeu o crime.

“A versão dele desde o início apresentava várias incoerências. Os laudos periciais e depoimentos de testemunhas corroboram que não havia outra pessoa na cena do crime e que ele pode ser o responsável”, disse ao G1 na época.

Ele afirmou ainda que dados do GPS dos celulares do casal também reforçam a tese da corporação. A motivação, conforme as investigações, seria o fato de que Vanessa tinha interesse em se separar e por Horácio não querer dividir o patrimônio em um provável divórcio. (Fonte: G1/Goiás).

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