Justiça nega pedido de soltura de fazendeiro suspeito de mandar matar advogados em Goiânia

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Defensores do investigado argumentaram que não há motivos para o cliente continuar detido. Além dele, outras quatro pessoas são investigadas por envolvimento com o crime, que teria sido motivado pela disputa judicial por uma fazenda.

Após a defesa do fazendeiro suspeito de mandar matar dois advogados em Goiânia pedir a soltura do cliente, o desembargador Nicomedes Borges negou a solicitação e manteve Nei Castelli, de 58 anos, preso. Além dele, outras três pessoas estão detidas e são investigadas por envolvimento o crime – uma quarta morreu em troca de tiros com policiais. O motivo seria uma disputa judicial por uma fazenda.

A defesa do preso informou que está estudando a decisão, mas que deve provocar o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Por meio de nota, os advogados disseram que “a prisão em apreço não se faz necessária, tendo em vista que existe total disposição da defesa para colaborar com uma investigação isenta”.

Nei foi preso na última terça-feira (17) e, ao ser questionado pela Polícia Civil sobre o caso, preferiu ficar em silêncio.

Os advogados Marcus Aprígio e Frank Carvalhaes foram mortos no escritório em que trabalhavam, no Setor Aeroporto, em 28 de outubro, por volta de 14h30. De acordo com a Polícia Civil, dois homens agendaram horário com os advogados. Ao chegarem ao local, eles entraram e esperaram. Ainda conforme o relato, a secretária os levou até a sala dos advogados, momento em que os criminosos colocaram as vítimas de costas e disparam.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o motivo do crime seria uma disputa por terras – que valeria R$ 46 milhões – em São Domingos, no nordeste de Goiás. A TV Anhanguera apurou que os advogados mortos ganharam a posse do imóvel para seus clientes, e derrotaram a família de Nei Castelli.

As investigações apontaram que Nei combinou de pagar R$ 100 mil aos executores do crime e R$ 500 mil caso eles fossem encontrados e capturados pelos policiais.

Polícia investiga envolvimento de cinco pessoas no caso:

  • Pedro Henrique Martins: suspeito de ter matado os advogados. Ele foi preso em Porto Nacional(TO), no último 30 de outubro;

  • Jaberson Gomes: suspeito de marcar horário com os advogados e acompanhar Pedro Henrique no dia do crime. Ele foi morto em confronto com a PM de Tocantins em 30 de outubro;

  • Hélica Ribeiro Gomes: namorada de Pedro Henrique, presa em 9 de novembro, Porto Nacional (TO);

  • Cosme Lompa Tavares: suspeito de ser o intermediário das mortes, preso em 9 de novembro em Palmas(TO);

  • Nei Castelli: fazendeiro suspeito de ser o mandante do crime. Ele foi preso em 17 de novembro, em Catalão.

Fonte: G1/Goiás

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