Justiça recebe denúncia contra 41 acusados de lavar dinheiro de jogos de azar em Goiânia

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Denunciados foram alvos de operação da Polícia Civil que prendeu 11 pessoas em novembro, e apreendeu R$ 80 mil em espécie, 16 carros – muitos deles de luxo – e até um avião, além de duas armas de fogo.

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) recebeu denúncia contra 41 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar, em Goiânia. Segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), os denunciados foram alvos da operação “Garito”, da Polícia Civil, que prendeu 11 pessoas em novembro, e apreendeu R$ 80 mil em espécie, 16 carros – muitos deles de luxo – e até um avião, além de duas armas de fogo.

Segundo a denúncia, o líder da organização criminosa é Arnaldo Rúbio Junior, que já tinha sido condenado em 2015 por formação de quadrilha na Operação Monte Carlo, que investigava a exploração ilegal de jogos de azar liderada pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

G1 não conseguiu localizar a defesa de Arnaldo para que se posicionasse. A reportagem também não conseguiu localizar a defesa dos demais envolvidos, pois o nome deles foi mantido em sigilo.

A denúncia foi recebida na última sexta-feira (18), pela juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores de Goiânia.

Divisão de tarefas

Segundo o promotor de Justiça José Eduardo Veiga Braga Filho, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que ofereceu a denúncia, a organização criminosa operava em três núcleos: o operacional, o logístico e o de lavagem de capitais.

O operacional era composto por pessoas responsáveis pelo funcionamento das casas de jogos, que exercem atividades de atendentes, sendo responsáveis por receber os apostadores e dar suporte a esses durante o momento dos jogos. Além disso, eles também atuam como motoristas, subgerentes, e os gerentes, responsáveis em receber os valores provenientes dos jogos e repassá-los para os donos das casas e o chefe da organização.

Já o núcleo logístico é composto pelos responsáveis em produzir as máquinas de videobingo utilizadas nas casas de jogos, em dar manutenção nos equipamentos, desenvolver programas para melhorar o desempenho das máquinas, fornecer peças e fazer a reposição em caso de defeito ou apreensão.

Por fim, o núcleo de lavagem de capitais é composto pelas empresas do chefe da organização criminosa, Arnaldo Rubio Junior, bem como por seus sócios, além de outras pessoas físicas e jurídicas que fazem parte da estrutura criminosa, especificamente tentando ocultar ou dissimular a origem dos valores arrecadados pelo grupo.

Operação Garito

O inquérito policial que instruiu a denúncia foi instaurado em junho de 2019. Em novembro deste ano, a operação prendeu 11 pessoas e apreendeu R$ 80 mil em espécie, 16 carros – muitos deles de luxo – e até um avião, além de duas armas de fogo. A corporação também conseguiu, junto ao Poder Judiciário, o sequestro de R$ 25 milhões e de sete imóveis, sendo uma fazenda.

Conforme a denúncia, Arnaldo é o responsável por uma cadeia de jogos de azar no Estado, não se limitando apenas a jogos tipo caça-níqueis ou videobingo, mas também a outras modalidades de jogos.

O promotor de Justiça explicou que a organização criminosa teve como estrutura central a empresa Jacundá Empreendimentos Imobiliários Ltda, criada por Arnaldo, com a única finalidade de receber os valores provenientes de suas casas de jogos de azar ou pertencentes a subordinados que lhe pagam uma porcentagem para poder exercer a atividade ilícita.

Fonte:G1/Goiás.

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