Kassio Nunes Marques vai de jatinho a Paris para final da Champions bancado por advogado

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Advogado que pagou viagem do ministro tem processos no STF. Tour incluiu Roland Garros e GP de Mônaco e custou ao menos R$ 250 mil

 

Com despesas pagas por um advogado que atua em processos em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Kassio Nunes Marques fez uma viagem bate-e-volta de Brasília a Paris no fim do mês passado para assistir à final da Champions League e a jogos do torneio de tênis de Roland Garros. O tour incluiu, ainda, o GP de Mônaco de Fórmula 1, disputado naquele mesmo fim de semana. Kassio estava acompanhado de pelo menos um de seus filhos.

Informações reveladas pelo colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, apontam que a aeronave, de prefixo PR-XXI, tem como sócio o advogado Vinícius Peixoto Gonçalves, dono de um escritório no Rio de Janeiro. Foi ele quem pôs o avião à disposição do ministro para a viagem. O jatinho usado pelo ministro é um luxuoso Citation X. O custo da viagem foi de, pelo menos, R$ 250 mil.

O advogado foi denunciado pelo Ministério Público Federal como operador financeiro do ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão. O nome dele apareceu nas investigações sobre pagamentos de propina relacionados às obras da usina nuclear de Angra 3.

Procurado pelo colunista do Metrópoles, inicialmente Kassio Nunes Marques preferiu não se manifestar. Já no início da madrugada deste sábado, 18, ele enviou uma nota em que diz lamentar a publicação do que classifica como “informações falsas”, mas não esclarece por que embarcou em um avião pertencente a um advogado que tem causas no STF.

Ele não nega ter viajado a Paris no jatinho de Vinícius Gonçalves. Sustenta que o advogado não pagou qualquer despesa sua. E dá a entender que o conheceu naquele fim de semana. Novamente, o ministro não explica quem custeou a excursão.

“Vinícius Gonçalves, citado pela reportagem, não pagou qualquer despesa do ministro. O advogado também nunca pôs avião à disposição do ministro. Nunca tiveram contato anterior à viagem, nem pessoal, nem telefônico”, afirma a nota ao Metrópoles.

*Com informações do Metrópoles

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