Time que entrou em campo contra o Racing não tinha seus dois principais artilheiros. Seu melhor zagueiro, de volta após dois meses, acabou expulso em lance bobo
Atual campeão da Libertadores, o Flamengo deu adeus ao sonho de defender o título ainda nas oitavas de final. Por mais que o resultado surpreenda os torcedores, uma sucessão de fatores pode explicar a eliminação rubro-negra para o Racing, em pleno Maracanã, nos pênaltis.
O cenário que levou à derrota começou a ser formado há algumas semanas, quando houve uma maior incidência de lesões entre os principais jogadores do elenco.
Em meio a um calendário apertado, o departamento médico do Flamengo sofreu uma reformulação, perdeu processos, e o que se viu foi uma dificuldade para o técnico Rogério Ceni contar com o elenco completo.
Lesões
Para se ter uma ideia, o Flamengo que entrou em campo contra o Racing no Maracanã não tinha seus dois principais centroavantes:
- Gabigolsequer foi relacionado devido a um desequilíbrio muscular – antes, teve lesões no tornozelo e na coxa;
- Pedroficou no banco, pois se recuperou recentemente de um problema muscular, e a comissão técnica achou melhor usá-lo por apenas 30 minutos.
Além deles, Thiago Maia ficou fora após sofrer grave lesão no joelho. Por outro lado, Rodrigo Caio voltou após dois meses sem atuar pelo Flamengo, ainda longe do melhor ritmo de jogo. E sua atuação é exemplo de outro fator que contribuiu para a eliminação rubro-negra.
Expulsões
Até então fazendo partida segura, Rodrigo foi expulso de forma infantil, após uma entrada por trás que lhe rendeu o segundo cartão amarelo na partida. No jogo de ida, na Argentina, o Flamengo já tinha ficado sem um jogador, quando Thuler foi expulso de forma direta após um carrinho duro em Lisandro López.
Em suma, nas duas partidas contra o Racing, o Flamengo teve um zagueiro expulso em momentos em que controlava a partida e era pouco ameaçado. No Maracanã, o gol do time argentino saiu logo em seguida, o que complicou ainda mais a situação.
Gols perdidos
O Flamengo poderia estar mais confortável na partida, de qualquer forma. Ao todo, o time finalizou 19 vezes contra o Racing no Maracanã – apenas cinco deles no alvo, porém. Foram pelos menos três chances claras de abrir o placar: uma furada de Bruno Henrique no início e duas finalizações de Vitinho.
– Com 11 jogadores contra 11, um time matando o adversário o tempo inteiro, 70% de posse de bola. Se o resultado nos pênaltis fosse diferente, seríamos tratados como heróis. Como não foi, temos que dar explicações. Futebol tem o imponderável, e isso a gente não pode controlar – disse o técnico Rogério Ceni na coletiva após a partida.
O Flamengo ainda teve o mérito de buscar o gol de empate contra o Racing, num momento de grande desorganização. Mas não foi o suficiente: nos pênaltis, Arão desperdiçou sua cobrança, e os atuais campeões da América do Sul deram adeus à Libertadores.
Fonte:GE/Globo.