Médico é preso suspeito de agredir e atirar contra a namorada na garagem de hospital em Goiânia

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Segundo a Polícia Civil, cirurgião plástico colocou a arma na boca da mulher durante a briga. Foram efetuados dois disparos, que atingiram a perna do médico e a perna da namorada. Ambos estão internados em hospitais da capital.

O cirurgião plástico Márcio Antônio Barreto Rocha, de 55 anos, foi preso em flagrante nesta sexta-feira (25) suspeito de agredir e atirar contra a namorada, de 35, após uma discussão no estacionamento de um hospital particular no Setor Bueno, em Goiânia. A briga foi registrada por câmeras de segurança. A mulher e o médico estão internados em hospitais de Goiânia.

G1 tenta localizar a defesa de Márcio. O advogado Evaldo Dias dos Santos disse que advoga para o médico em dois processos na área cível, mas que ainda não foi acionado para representá-lo neste processo criminal. Em nota, o hospital lamentou o ocorrido e disse que colabora com a investigação. O Conselho Regional de Medicina (Cremego) disse que não vai comentar o caso.

A agressão aconteceu por volta das 5h40. Segundo a Polícia Civil, o médico efetuou dois disparos. Um deles atingiu a perna da mulher e o outro a perna dele.

Segundo a titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Paula Meotti, a vítima é empresária e a briga teria sido motivada por questões financeiras. A investigadora diz ainda que o cirurgião plástico colocou o revólver na boca da namorada durante as ameaças.

“A vítima nos relatou que, no momento da discussão, ele saca a arma e coloca na boca dela. Ela tenta se abaixar e, ao mesmo tempo, ela segura o cano da arma, que fez com o que os disparos atingissem a parte inferior do corpo da mulher e do médico”, relata a delegada.

Atendida no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), a mulher segue internada na unidade de saúde até as 19h30 desta sexta-feira. O estado de saúde dela é considerado estável, segundo nota da unidade de saúde.

“Paciente deu entrada na emergência vítima de perfuração por arma de fogo na região proximal da coxa direita, com entrada e saída. Respira espontaneamente. Estado geral é estável”, informa o hospital.

A delegada informou que o médico seguia internado até as 19h30 desta sexta-feira. Porém, como o nome do hospital em que eles está hospitalizado não foi informado, a reportagem não conseguiu informações sobre o quadro dele.

Imagens mostram agressão

Eram 5h40 conforme registram as câmeras de segurança do hospital quando começou a confusão. Nas imagens, o médico aparece jogando objetos da bolsa da vítima no chão. Depois, ele arremessa o acessório para longe.

Em outro momento, a vítima aparece correndo para o carro. O médico tenta tirá-la de dentro do veículo, puxando pelos cabelos.

O vídeo para e retoma quando a mulher está caída no chão e fora do carro. Em seguida, uma pessoa aparece para tentar ajudar.

O hospital onde aconteceu o crime informou, em nota, que o “fato não conta com nenhuma participação da unidade hospitalar, sendo protagonizado por médico e terceira pessoa, está sem nenhum vínculo com o hospital”. O estabelecimento afirmou ainda que “lamenta o ocorrido, embora evidente a sua ausência de responsabilidade, e informa que está colaborando com as investigações conduzidas pelas autoridades competentes”.

Tentativa de feminicídio

A delegada Paula Meotti explicou que os fatos e o depoimento da vítima indicam uma tentativa de feminicídio.

“Algumas testemunhas estavam no local e também presenciaram a forma agressiva como o autor agrediu a mulher durante todo o tempo”, relata a investigadora.

Além da tentativa de feminicídio, a investigação pode apurar o crime de porte ilegal de arma de fogo, segundo a delegada.

“[Ele pode ser indiciado por porte ilegal de arma de fogo], uma vez que há indícios que ele tenha essa arma de forma pretérita e não apenas para praticar o crime contra a vítima”, afirma Meotti.

O casal estava junto há quatro meses. A mulher relatou à polícia que já tinha sido agredida anteriormente, mas não denunciou o namorado por medo de uma suposta influência social e financeira que o médico possa ter para protegê-lo da investigação.

 

Fonte:G1/Goiás.

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