Um homem de 38 anos, que mora em um condomínio fechado de alto luxo em Senador Canedo, na região metropolitana de Goiânia, foi preso suspeito de usar documentos falsos para solicitar cartões e realizar compras e transferências bancárias em nome de um idoso. Duas mulheres que, segundo a Polícia Civil, agiam com ele também foram presas.
Os agentes do 20º Distrito Policial de Goiânia passaram a investigar o caso depois que um idoso procurou a delegacia no mês passado e contou ter descoberto que um cartão bancário em seu nome estava sendo usado para fazer compras e transferências bancárias. Em pouco mais de duas semanas, relatou a vítima, as pessoas que haviam solicitado e buscado o item em seu nome, em uma agência dos Correios de Goiânia, gastaram R$ 25 mil em compras e realizaram uma transferência de R$ 8 mil.
Parte dos gastos, descobriram os policiais, foram feitos em hotéis e casas de bebidas de Goiânia e Caldas Novas. Ao identificar duas mulheres que teriam recebido em suas contas o valor transferido, os agentes chegaram ao nome do suspeito de ser o mentor do golpe.
“Primeiramente, o agora indiciado descobriu a senha e dados bancários por meio de dispositivos maliciosos, pela Internet, ou em terminais de autoatendimento, e então solicitou um novo cartão, como se fosse o titular. Posteriormente, ele falsificou um documento digital e foi até uma agência dos Correios no Setor Aeroviário, onde conseguiu pegar o cartão, que depois foi usado em várias compras e transferências”, descreveu o delegado Fernando Alves Barbosa Martins, do 20º DP.
No momento em que foi preso, o suspeito, identificado apenas pelas iniciais do nome, W.M.S., estava na GO-040, a caminho do condomínio onde mora. As duas mulheres suspeitas de atuar junto com ele também foram presas temporariamente, mas em outros locais.
Outras vítimas
A PC também cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas dos investigados. A expectativa é que a perícia, que já está sendo realizada nos aparelhos, chips e cartões apreendidos, confirmem o golpe e levem aos nomes de outras vítimas.
W.M.S. e as duas mulheres, que tiveram somente as idades divulgadas, 24 anos e 26 anos, responderão por estelionato e associação criminosa.
A PC diz ter decidido divulgar a imagem do principal suspeito por acreditar que vítimas de outros crimes praticados por ele possam reconhecê-lo e denunciá-lo. De acordo com a polícia, “a divulgação da imagem do investigado W.M.S. foi procedida nos termos da Lei n 13.869/2019, Portaria normativa nº 02/2020/DGPC e Portaria n 547/2021/DGPC, tendo em vista o interesse público, no sentido de identificar outras eventuais vítimas de crimes praticados por ele”.
A reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa de W.M.S., mas o espaço está aberto, caso queira se pronunciar.
Fonte: Mais Goiás