Mulher acusada de matar o marido para ficar com herança é condenada a 12 anos de prisão, em Aragarças

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Homem, que tinha 69 anos, morreu após ser envenenado e sofrer um ferimento na cabeça. Segundo a denúncia, apesar de estar machucado, a esposa não o socorreu.

Jucélia Alves dos Santos foi condenada a 12 anos e oito meses de prisão por matar o marido, Leonídio Borges Leal, em Aragarças, no sudoeste de Goiás. Segundo a denúncia, o homem, que tinha 69 anos, morreu após ser envenenado e sofrer um ferimento na cabeça. A sentença narra que ela cometeu o crime para ficar com a herança do marido.

A sessão de julgamento foi presidida pelo juiz Wander Soares Fonseca, na última sexta-feira (23). O G1 questionou se o Ministério Público de Goiás vai recorrer da decisão, em e-mail enviado às 19h desta quarta-feira (28), e aguarda retorno. A reportagem não conseguiu localizar os advogados da ré.

Leonídio morreu em 2015. Segundo a denúncia, Jucélia se casou com o idoso em agosto do mesmo ano, com a finalidade de se apossar do patrimônio do marido.

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) narrou que o casal se conheceu numa igreja. A mulher fingia ser médica veterinária e alegou passar por dificuldades financeiras, quando foi morar na casa da vítima para fazer trabalhos domésticos.

Meses depois, segundo a denúncia, eles se casaram e, logo no dia do casamento, o homem aparentou mal estar, o que já teria sido causado por medicamentos inadequados administrados pela acusada.

Após a oficialização da união, de acordo com o MP-GO, amigos e familiares de Leonídio não conseguiam mais entrar em contato com ele, pois a mulher isolava o marido.

Um mês depois, em setembro, a vítima deu entrada em um hospital de Barra do Garças, em estado grave. Na ocasião, de acordo com os promotores, a mulher diss a algumas pessoas que, em breve, seria viúva e teria direito ao carro do idoso.

O homem teve alta médica e voltou para casa para receber cuidados. Um irmão de Leonídio desconfiou da situação e foi até a residência do casal, quando o encontrou vomitando sangue e com um ferimento na cabeça. Apesar disso, a mulher não prestou socorro, conforme o MP-GO.

A vítima foi socorrida e passou por cirurgia e tratamento contra o envenenamento. Porém, não resistiu e morreu no dia 20 de outubro de 2015.

Jucélia foi julgada pelo crime de homicídio, com agravamento de pena devido à omissão de socorro. Ela cumpre pena no presídio feminino de Israelândia.

Fonte: G1/Goiás.

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