Polícia Civil deve indiciar cerca de dez por participarem de fraude de contratos de empresas para que não pagassem ICMS. Corporação estima que eles agiam há um ano e meio.
Segunda fase da Operação Orange Black da Polícia Civil foi realizada nesta quinta-feira (19) em Goiânia e Goianésia, na Região Metropolitana. A corporação cumpriu mandados de busca em três endereços, onde apreendeu computadores, celulares e documentos que vão ajudar na conclusão do inquérito. Investigação apontou que criminosos causaram prejuízo de R$ 4 milhões em impostos ao governo de Goiás.
Responsável pelo caso, o delegado Marcelo Aires disse que vai encerrar o inquérito indiciando cerca de dez pessoas pelos crimes de associação criminosa, crimes contra a ordem tributária e falsidade ideológica.
Entre as pessoas que devem responder criminalmente estão contadores, empresários e alguns laranjas, que eram integrantes de torcida organizada e recebiam cerca de R$ 1 mil para “emprestar” seus dados pessoais, segundo informou o delegado.
“Essa organização atuava em Goiânia e no interior há cerca de um ano e meio. Eles transferiam empresas a laranjas e usavam o CNPJ dessas companhias para emitir notas fiscais fraudando o recolhimento de tributos”, explicou.
A primeira fase desta Operação aconteceu em novembro de 2019 e prendeu cinco pessoas preventivamente. No entanto, de acordo com o delegado, todas conseguiram o direito de responder em liberdade no início de 2020.
Esquema
De acordo com as investigações, mercadorias eram transportadas por empresas, mas tinham uma nota fiscal de uma companhia laranja que não pagava o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).
O correto é que esse tributo seja pago ao governo estadual. Segundo informações da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), ele costuma ser “a principal fonte de arrecadação” do governo.
Fonte: G1/Goiás.