Todos os onze mandados de prisão são cumpridos em Goiás. Terceira fase da ação, batizada de ‘Peregrino’, também executa ordens judiciais em São Paulo e no Pará. Segundo polícia, grupo conseguia clonar app, se passava pelas vítimas e pedia dinheiro a parentes.
Operação da Polícia Civil realizada na manhã desta quarta-feira (14), com foco em integrantes de grupos suspeitos de aplicar golpes e extorquir dinheiro de vítimas pela internet, prendeu ao menos seis pessoas em Goiás. Segundo as investigações, eles conseguiam clonar o WhatsApp dos alvos, se passavam por eles e pediam dinheiro para parentes.
Todos os onze mandados de prisão expedidos pela Justiça – onze no total – são cumpridos em Goiás. A ação também ocorre em São Paulo e no Pará.
De acordo com a corporação, existem ao menos quatro grupos investigados, que conseguem contactar as vítimas pelo app de mensagens e, por meio de links falsos, dados para instalar o programa em outros celulares. A partir disso, começam a conversar com parentes das vítimas e pedir para fazerem depósitos.
Está é a terceira fase da operação, batizada de “Peregrino”. Ao todo, 130 policiais estão nas ruas dos três estados para cumprir os mandados, distribuídos da seguinte forma:
Goiás:
- 11 mandados de prisão
- 26 de busca e apreensão
São Paulo:
- 8 mandados de busca e apreensão
Pará:
- 5 mandados de busca e apreensão
O delegado de São Paulo, Guilherme Caselli, que está em Goiás acompanhando a operação, disse que as investigações apontaram que o núcleo criminoso era coordenado e executava as ações no estado.
“Ao todo são quatro quadrilhas. Os alvos de prisão são todos de Goiás. Tanto aqueles que conseguiam clonar os números, como os que cediam as contas bancárias para depósitos. Até agora [8h], soubemos que seis pessoas já foram presas”, disse ao G1.
Ele explicou que os criminosos conseguiam interagir com as vítimas pelo app e mencionavam algo para ludibria-las, como um suposto anúncio em algum site de compras. Com isso, ele passava um torpedo e pedia que a vítimas digitasse um código pelo qual os golpistas conseguiam clonar o programa e instalá-lo em outro aparelho. A partir daí, começavam a praticar o crime.
Fonte: G1/Goiás.