Segundo a polícia, suposto autor ameaçava matar a esposa e os outros quatro filhos, caso a filha o denunciasse. Vítima disse que crimes aconteciam no chiqueiro e no curral da fazenda onde vivem.
Um homem, de 47 anos, foi preso suspeito de estuprar a própria filha, de 22 anos, na fazenda onde a família vive, na zona rural de Piracanjuba, no sul de Goiás. Segundo a Polícia Civil, os abusos eram diários e o autor ameaçava matar a própria esposa e os outros quatro filhos, caso a filha contasse para alguém. De acordo com a polícia, a vítima disse que os crimes aconteciam no chiqueiro e no curral.
A prisão aconteceu em flagrante, por volta das 11h de sexta-feira (17), na zona rural do município. Os policiais receberam uma denúncia de que uma jovem vinha sofrendo violência sexual praticada por seu próprio pai biológico. Além disso, a jovem denunciou que estava sendo mantida em cárcere privado na casa.
O G1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito, pois o nome dele não foi divulgado pela corporação.
Após receber a denúncia, militares da 19ª DRP de Caldas Novas foram até o local, onde encontraram o suposto autor, a vítima, além da mãe e dos outros quatro filhos menores do casal. Com a chegada da PC, a vítima admitiu que vinha sofrendo os abusos há cerca de quatro anos e que o pai sempre a estuprava em locais afastados da casa, como no curral e chiqueiro, para que ninguém os visse.
De acordo com o delegado Leylton Barros, apesar de negar o crime, o suposto autor, que já possui passagens criminais por furto e extorsão, recebeu voz de prisão em flagrante por estupro e foi levado para a delegacia da cidade, onde pode cumprir até 10 anos de prisão.
“Ele foi ouvido na presença de advogados. E se limitou a negar os fatos. Porém reunimos muitas provas e evidências da existência dos abusos”, explicou o delegado.
Ainda segundo a Polícia Civil, a vítima disse ainda que foi violentada na manhã de sexta-feira. Após verificar as evidências do crime, a jovem fez exame de corpo de delito e o resultado deve sair em uma semana, segundo o delegado.
“Temos provas de mensagens trocadas entre a jovem e um terceiro, além das contradições apresentadas pelo pai em relação aos fatos. A vítima também teria gravado um vídeo do momento em que a mesma era abusada pelo seu pai, mas ela teria apagado com medo do autor ver. Estamos tentando ter acesso ao conteúdo”, disse Leylton.
Fonte: G1/Goiás