Um dos três grupos mantinha sofisticado esquema, com integrantes divididos em ao menos quatro posições específicas. Outros dois vendiam por apps e redes sociais. Dezenove mandados de prisão são cumpridos na Grande Goiânia.
A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (8) uma operação com foco em três grupos independentes que agiam na venda de drogas na Grande Goiânia. Segundo a corporação, dois deles recebiam pedidos por aplicativos de mensagens e redes sociais e faziam entregas pelo método “delivery”. O terceiro, mais organizado, era tão sofisticado que chegava a ter uma “Central Telefônica do Tráfico”.
A operação, batizada de “Babilônia”, obteve junto à Justiça 19 mandados de prisão temporária. Destes, 18 já estavam detidos por outros crimes – um foragido ainda é procurado. Os policiais cumprem ainda outros 20 mandatos de busca e apreensão.
Até as 9h, a polícia havia apreendido oito motos, seis carros e R$ 10 mil em dinheiro, além de porções de drogas.
A investigação apontou que alguns dos envolvidos se reportavam diretamente a detentos do Presídio de Formosa, no Entorno do DF. No Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia foram cumpridos dois mandados de busca.
O G1 solicitou um posicionamento à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) sobre o envolvimento de presos no tráfico, por meio de mensagem enviada às 9h48, e aguarda retorno.
Esquema
O delegado Danilo Victor Nunes de Souza explicou que uma organização criminosa mantinha uma esquema bastante organizado para a venda e entrega da droga.
“Eles mantinham uma ‘Central Telefônica do Tráfico’. Havia um operador, com mais de uma linha telefônica, que recebia todas as demandas dos usuários”, disse ao G1.
Assim, este grupo tinhas as seguintes funções definidas:
- operador – controlava os pedidos de droga por telefone e coordenava a logística
- entregadores – traficantes responsáveis por repassar a droga aos usuários
- armazenador – aquele que guardava a droga
- cobrador – responsável por cobrar as dívidas dos usuários que não pagavam
As outras duas associações não eram tão bem equipadas, mas agiam de forma parecida, segundo o delegado. No entanto, eles focavam na venda da droga por meio de encomendas por mensagens, telefone e redes sociais. Neste caso, a entrega era feita por “delivery”.
Fonte:G1/Goiás.