Polícia prende seis pessoas suspeitas de envolvimento com golpes pelo WhatsApp, em Goiânia

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Conforme investigadores, criminosos criavam perfil fake no aplicativo, entravam em contato com familiares das vítimas alegando que haviam trocado de número e pediam dinheiro emprestado. Vítima relata prejuízo de mais de R$ 62 mil.

A Polícia Civil prendeu em flagrante seis pessoas suspeitas de envolvimento com golpes pelos WhatsApp, em Goiânia. A fraude é conhecida como ‘Golpe do Novo Número’. Conforme os investigadores, os criminosos criavam um perfil falso no aplicativo, entravam em contato com familiares das vítimas alegando que haviam trocado de número e pediam dinheiro emprestado.

Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados pelas autoridades policiais, o G1 não conseguiu contato com a defesa deles.

Conforme o delegado Cássio Arantes, responsável pelas investigações, uma vítima de Minas Gerais teve um prejuízo de mais de R$ 62 mil, após cair no golpe. Ela disse à polícia que os criminosos criaram um perfil fake do filho dela, que é médico, e pediu a quantia em dinheiro para atender a uma necessidade.

“Ela relata que recebeu uma mensagem por aplicativo de alguém se passando pelo seu filho e dizendo que estava com novo número de telefone. Ele [criminoso] escreve que está com a bloqueada e precisa de um dinheiro emprestado. Ela acreditou que era o filho e fez uma sequência de três depósitos bancários”, explicou o delegado.

As prisões aconteceram na quinta-feira (15), durante uma operação que foi batizada como ‘Conta Espelho II’. Aparelhos celulares que eram usados para aplicar os golpes também foram apreendidos.

De acordo com o delegado, dois dos presos foram identificados como sendo agenciadores, que atuavam na busca por contas bancárias para receber os depósitos. Os outros quatro presos são titulares de contas bancárias beneficiárias dos depósitos e transferências, conforme a corporação.

O delegado disse ainda que os mentores intelectuais – quem articula todo o golpe e entra em contato com as vítimas, foram identificados, mas até o final da manhã desta segunda-feira (19), a corporação não havia conseguido localiza-los. Ele explica que os criminosos conseguem acessar os dados das vítimas pela internet.

“Foi identificado que eles compram um banco de dados na internet comum ou profunda [Deep web]. São hackers que conseguem extrair essas informações e aplicar os golpes”, disse o delegado.

Os investigados devem responder pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

Fonte: G1/Goiás.

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