São Luís: Condutora de veículo capotado conta ao A Voz do Povo como acidente aconteceu

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No último dia 17, domingo, acompanhada de dois filhos, a professora Alessandra Carreiro Borges, 45, passou pelo maior susto da sua vida. Ao trafegar pela Rodovia GO-164, nas proximidades do Setor Planura Verde, em São Luís de Montes Belos, por volta das 20 horas, ao passar por um quebra-molas sem nenhuma sinalização, ela perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou o veículo.

A professora, que reside na cidade de Firminópolis, relata que naquele dia ela tinha ido à cidade de Goiás levar a filha, de 16 anos, para fazer a prova do ENEM. Para fazer companhia às duas, um outro filho dela, de 18 anos, também foi na viagem. Ela conta que saiu de Goiás por volta das 18h40, já à noite, debaixo de muita chuva e com isso ela dirigia com cuidado e em baixa velocidade.

“Minha filha finalizou a prova às 18:40h, saímos da cidade de Goiás havia muita chuva até chegarmos em Mossâmedes, não tenho o hábito de realizar esse percurso e por estar no turno da noite não estava em alta velocidade”, disse.

Alessandra conta como foi quando se deparou com o quebra-molas. “No percurso de Sanclerlândia à São Luís de Montes Belos a estrada não estava em boas condições, pois o asfalto tem muitos remendos. Porém, deparei-me com um quebra-molas sem nenhuma sinalização como placas de alerta e faixas no asfalto, tentei frear, mas não deu tempo, rampei o quebra-molas, perdi a direção do carro e sofremos um capotamento, que graças à Deus não resultou em ferimentos graves e nem perdas de vidas”, relata.

A professora destaca o socorro recebido. “Fui socorrida por pessoas que transitavam na mesma via e agradeço de coração esses anjos que passaram por ali naquele momento e fizeram contato com o Corpo de Bombeiros, que nos atendeu em tempo hábil e com bastante atenção e cuidado nos levaram para o hospital de São Luís de Montes Belos, que nos prestou um serviço de ótima qualidade”, agradece.

Alessandra parabeniza os profissionais que a atenderam, mas mostra a sua indignação como cidadã. “Quero aqui parabenizar todos os servidores que executaram suas funções de forma impecável, mostrando o quanto o serviço público possui sim profissionais competentes. Porém sinto-me uma cidadã indignada mediante a esta situação, pois pago os meus impostos em dia e não os vejo aplicados da forma correta para que nós possamos ter estradas dignas de acordo com o que somos cobrados das autoridades”, desabafa.

“Visto que o direito à vida é inviolável, o que justifica constar expressamente como fundamental o direito à segurança no trânsito, além de estar expressamente previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que decorre do próprio direito fundamental à segurança, estabelecido no art. 5º da Constituição Federal. Sendo assim, o Estado tem o dever de assegurar e preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do seu patrimônio, o que, certamente, inclui a garantia de condições seguras de trânsito de pessoas a bens. Visto que, o direito à segurança no trânsito é fundamental também pelo fato de decorrer de outros direitos fundamentais, como o direito à vida”, acentua.

Nisso a professora tem razão, uma vez que o art. 144 da Constituição Federal expressamente atribui ao Estado o dever de garantir a segurança pública, direitos prescritos também no art. 5º.  “Portanto, a segurança no trânsito é direito de todo o cidadão, subscrito no parágrafo 2º do artigo 1º do Código de Trânsito Brasileiro, que estabelece que os órgãos e entidades que compõem o Sistema Nacional de Trânsito devem assegurar, a todo cidadão, condições seguras para transitarem nas vias terrestres”, lembra a professora.

O Art. 1º (…), no § 2º, do CTB, diz claramente: O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito”.

“O Estado deve assegurá-lo em sua dupla acepção, sendo a primeira relacionada ao direito de continuar vivo e a segunda de ter vida digna quanto à subsistência”, finaliza a professora Alessandra, que anuncia que irá acionar o Estado na justiça para que o mesmo repare os danos que ela e sua família sofreram.

No dia do fato o Jornal A Voz do Povo publicou uma matéria sobre o caso. Mesmo sem muitas informações específicas, a informação foi dada. Confira abaixo a matéria publicada.

São Luís: Condutora perde o controle da direção, sai da pista e capota carro

 

Veículo sai da pista, capota e por muito pouco não acontece uma tragédia. Esse caso aconteceu na noite deste domingo, 17, por volta das 20 horas, na Rodovia GO-164, a poucos metros da ponte sobre o Ribeirão Santa Rosa, próximo ao Setor Planura Verde, em São Luís de Montes Belos. O GM Onix, conduzido por uma mulher, parou no barranco, a vários metros da rodovia com as rodas para cima.

 

Além da condutora, também estava no veículo um casal de jovens. Filhos da motorista. Ambos retornavam da cidade de Goiás, onde a filha havia realizado a prova do Enem. Para a equipe do Corpo de Bombeiros, que atendeu a ocorrência, a causa do acidente ainda é desconhecida.

 

A família reside na cidade vizinha de Firminópolis. A condutora do veículo sofreu ferimentos mais graves. Depois de receber os primeiros atendimentos pela equipe dos Bombeiros, ela foi encaminhada ao Hospital Estadual HCamp de São Luís de Montes Belos. Os dois jovens sofreram apenas ferimentos leves.

 

Na manhã desta segunda-feira, 18, o veículo ainda estava no local. Vários curiosos pararam para ver o que havia acontecido. O tráfego na rodovia, nesta região, é considerado movimentado e a velocidade dos veículos antes da instalação de dois redutores de velocidade no local era alta, mas mesmo assim alguns condutores não visualizam os quebra-molas e passam direto.

 

A Polícia Militar Rodoviária Estadual e o Corpo de Bombeiros alertam para os riscos que a rodovia oferece, principalmente no período noturno, e recomenda aos condutores que redobrem a atenção à sinalização e à velocidade desenvolvida na região.

Por: Edivaldo do Jornal

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