Dispositivo verifica quais substâncias químicas estão presentes em amostras comercializadas. Bárbara Guinati explica que resultados são obtidos por colorimetria e uso de reagentes.
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveram um sensor de baixo custo que consegue identificar a presença de adulterantes em amostras de leite. O projeto conquistou o 1º lugar da premiação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) de Goiás.
Desenvolvido pela mestranda em química analítica da UFG Bárbara Guerra Guinati, de 24 anos, com o apoio do coordenador Wendell Coltro e dos coorientadores Lucas Rodrigues de Sousa e Karolyne Almeida Oliveira, o dispositivo verifica, por meio da colorimetria e mistura de reagentes específicos, se determinada amostra tem adulterante e em qual quantidade.
Segundo Bárbara, o sensor tem zonas de detecção. O reagente é adicionado à amostra de leite e, se houver a presença de um adulterante, o líquido muda de cor.
“Dá para saber qual adulterante está presente e qual quantidade, com isso, temos o resultado qualitativo e quantitativo”, explica.
Adulterantes encontrados
De acordo com a mestranda, entre as amostras analisadas, foram detectados neutralizantes, peróxido de hidrogênio – uma espécie de bactericida – e até mesmo ureia, que costuma ser adicionada para aumentar a quantidade de proteína total. Segundo Guinati, a adulteração ocorre com a adição de água para aumentar o rendimento e até adição de produtos químicos para aumentar a vida útil do produto.
Ao todo, foram analisadas 16 amostras de leite, tanto de pequenos produtores quanto de produtos fabricados por grandes indústrias.
O projeto vem sendo desenvolvido há cerca de três anos. Ainda há mais pesquisas a serem realizadas. Segundo Guinati, após a conclusão, a equipe deve buscar aprimorar o sensor para uso e patenteá-lo.
Fonte: G1/Goiás