Siamesa terá de tratar infecção no ouvido antes de iniciar processo para cirurgia de separação, em Goiânia

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Após a recuperação de Laura, as gêmeas, que são da Bahia, devem colocar os expansores de pele para, depois, serem operadas. Elas são unidas pela bacia e pelo abdômen e compartilham o intestino.

A gêmea siamesa Laura está com infecção no ouvido direito e deve passar por um tratamento antes que se inicie o processo para a separação da irmã Laís, em Goiânia. As meninas, que têm 1 ano e dois meses, nasceram unidas pela bacia e pelo abdômen e compartilham o intestino.

O diagnóstico da infecção foi dado na manhã da segunda-feira (26), após a bebê ter febre. Segundo o médico Zacharias Calil, que acompanha as meninas e fará a cirurgia de separação, Laura teve uma otite de média a aguda, causada pela viagem de avião, que evoluiu para a infecção.

“Ela apresentou febre dentro do avião quando estava vindo para Goiânia. A nossa preocupação era que evoluísse para uma piora, mas ela já foi medicada. A mãe delas até me disse: ‘Elas já estão boas, estão brigando uma com a outra’.”, relatou o médico.

As meninas são atendidas no Hospital Materno Infantil, que é referência em casos de siameses e já realizou outras 18 cirurgias de separação. A unidade informou que as gêmeas passaram por vários exames pré-operatórios e devem colocar expansores de pele assim que Laura se recuperar.

Calil afirma que elas devem ficar de 30 a 40 dias com os acessórios para, em seguida, fazer a operação.

“Vamos colocar os expansores embaixo da pele para expandi-la, a fim de que tenhamos pele suficiente para encobrir o abdômen e a bacia de cada uma das meninas logo após a separação”, explica o médico.

Tratamento em Goiânia

As meninas nasceram no dia 15 de agosto de 2019, em Piraí do Norte, na Bahia, e, em seguida, foram transferidas para o Hospital Materno Infantil. Após dois meses de internação, elas conseguiram voltar à cidade natal.

Em março deste ano, as gêmeas voltaram ao HMI para realizar os primeiros exames e analisar a possibilidade da separação, já que também compartilham parte do intestino, e voltaram para a Bahia. No domingo (25), retornaram para a capital goiana para iniciar os procedimentos pré-operatórios.

As gêmeas e a mãe, Liliane dos Santos, estão hospedadas na Casa do Interior, da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), onde devem permanecer até a realização da cirurgia.

Fonte: G1/Goiás.

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