No início da noite desta sexta-feira, 13, por volta de 19h., a Polícia Militar foi acionada para prender um suspeito de cometer um estupro contra uma garotinha de apenas 7 anos de idade. A ocorrência foi registrada em uma residência do Setor Dona Quininha II, em São Luís de Montes Belos.
Quando chegaram ao local, os policiais ficaram sabendo por uma pessoa ligada à família da vítima, que o suspeito de cometer o crime era um velho conhecido das polícias e do poder judiciário monte-belense. Welyngton Marins Cardoso, 43, “vulgo Coelhinho”.
Coelhinho, que mantém uma relação amorosa com a mãe da vítima, ainda estava nas proximidades, deitado ao chão, com várias lesões e cercado por populares, à espera dos policiais. Ainda, de acordo com a testemunha, a mãe da criança, aparentemente sob efeito de álcool ou entorpecente, agredia em si mesma com uma corrente, chorando e se culpando pelo ocorrido.
A testemunha relatou a esta reportagem, que a vítima teria relatado a um tio que havia sido abusada sexualmente por Coelhinho. Versão que teria sido confirmada por uma irmã da criança, outra menina de 9 anos. Segundo ela, o fato teria ocorrido no dia anterior. Indignado com o que acabara de saber, o tio teria pedido para acionar a Polícia Militar.
Após deter o suspeito, os policiais acionaram o Conselho Tutelar para acompanhar o caso. A equipe de conselheiros chegou rápido ao local e assumiu o acompanhamento da vítima, que foi encaminhada ao Hospital Estadual Dr. Geraldo Landó, para avaliação médica.
Outra fonte revelou a esta reportagem que a criança foi avaliada por uma médica, que em seguida a encaminhou para o Instituto Médico Legal (IML), indício de que o caso pode ser sério. Esta reportagem procurou o Conselho Tutelar para obter mais informações sobre a situação da criança, mas a alegação foi a de que não podem informar nada para a imprensa nesse tipo de caso.
Coelhinho e a mãe da vítima foram conduzidos pelos policiais para a Delegacia de Polícia Civil para averiguação. Ao qualificar o tio que havia ficado sabendo do caso primeiro, a equipe policial constatou no sistema que tinha contra ele um mandado de prisão em aberto, pelo crime de tráfico de drogas. O mandado foi cumprido e ele encaminhado ao presídio local.
A motivação da condução da mãe da vítima para a Delegacia de Polícia não foi esclarecida. Não foi revelado se ela é suspeita de ter algum tipo de envolvimento com o caso ou se ela foi conduzida apenas para avaliação.
O fato que chamou a atenção foi o de o suspeito ter sido liberado momentos depois de chegar na delegacia. Ele e a mãe da vítima foram dispensados pelo delgado de plantão Dr. Bruno de Paula Ferreira.
Minutos depois Coelhinho foi visto em um posto de combustível às margens da Rodovia GO-060, dizendo ser inocente e que a prova disso teria sido o fato de o delegado tê-lo liberado. Veja no vídeo abaixo:
Ao A Voz do Povo, Dr. Bruno explica que caso mantivesse Coelhinho preso, ele estaria incorrendo em um crime de abuso de poder.
O fato é que, de acordo com o delegado, Coelhinho foi preso fora do flagrante delito, pois o crime, segundo levantaram os policiais militares, teria sido praticado a 48 horas antes do momento em que o suspeito foi detido.
Porém, Dr. Bruno ressalta que o inquérito deverá ser instaurado por portaria e que o delegado que o conduzir poderá pedir a prisão preventiva do suspeito, caso ele considere necessário. O delegado frisa ainda que compreende a indignação gerada com a liberação do suspeito de cometer um crime tão grave, porém ele tem que cumprir a Lei.
Por: Edivaldo do Jornal