Quatro vítimas da mesma família que morreram em naufrágio no Pantanal são enterradas em Rio Verde

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Família lamentou a morte de grupo durante viagem para pescaria: ‘Pior momento da minha vida’. Corpo de quinta vítima foi resgatado, mas ainda não foi transportado para o município goiano.

Por Vitor Santana, g1 Goiás

Os corpos de quatro pessoas da mesma família e que morreram em um naufrágio no Mato Grosso do Sul foram enterrados neste domingo (17) em Rio Verde, sudoeste de Goiás. O corpo de uma quinta vítima já foi resgatado, mas ainda não foi transportado para o município goiano. Amigos e parentes se emocionaram na despedida do grupo.

“É um momento ímpar, difícil. Um momento igual a esse eu nunca passei na minha vida, é o pior momento da minha vida até hoje”, disse Osvaldo Alves de Souza, que perdeu dois irmãos, um sobrinho e o marido de uma sobrinha.

 

Foram enterrados os corpos de:

-Thiago Souza Gomes, de 18 anos;

-Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos, pai de Thiago;

-Olímpio Alves de Souza, de 71 anos;

-Geraldo Alves de Souza, de 78 anos, era irmão de Olímpio, sogro de Fernando Gomes e avô de Thiago.

‘Segundos’

O dentista Leonardo Oliveira Alves, de 47 anos, um dos sobreviventes do naufrágio, disse que todo acidente aconteceu em questão de segundos. Ele achou que morreria no naufrágio.

“Eu estava morto naquele momento, cheguei a pensar que ali que tinha acabado a vida. Machuquei um pouco, porque caiu coisa em mim e, de repente, Deus me tirou de lá e eu consegui sair”, disse.

Leonardo é filho de Olímpio Alves, uma das vítimas.

“Eu chorei muito, sofri muito, meu pai era meu guia, mestre, meu líder. O que me conforta é a alegria que ele estava lá comigo. A alegria que deixei naquele rosto, o tanto de beijo que eu dei. Isso para mim vai ficar”, contou.

 

O dentista contou que a família ia todos anos a Corumbá para pescar. Os momentos antes do acidente eram de extrema alegria entre eles. O grupo fazia um churrasco, que encerraria o passeio.

O tempo, então, ficou nublado rapidamente, mas sem vento forte. Porém, segundos depois, uma rajada de vento quase derrubou uma geladeira. Ele segurou o eletrodoméstico e ficou na parte de cima para ajudar a organizar as coisas.

“Nesse momento, quando a gente pegou uma vasilha de comida, era para eu ter descido, mas eu voltei para pegar um celular. Quando eu peguei o celular, o barco, em dois segundos, porque não deu tempo de respirar, o barco de 75 toneladas levantou e virou”, contou.

Fonte: G1/Goiás

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